sexta-feira, 24 de setembro de 2010

ECG PARA DISCUSSÃO


ECG de paciente jovem admitido com dispnéia em repouso e congestão pulmonar. Inicialmente apresentava fibrilação atrial com alta resposta ventricular, com reversão após compensação clínica. Discutiremos as alterações encontradas no ECG e as possibilidades diagnósticas.


domingo, 12 de setembro de 2010

ATUALIZAÇÃO: REPOLARIZAÇÃO PRECOCE

A repolarização precoce é uma alteração presente em indivíduos com coração estruturalmente normal, sendo mais comum em homens jovens, principalmente nos predipostos à vagotonia. Se apresenta como elevação rápida do segmento ST, com pequena concavidade superior, geralmente associado a ondas T proeminentes, e assimétricas. Pode existir um entalhe característico no final do QRS, chamado ondas J (semelhantes às ondas J vistas na hipotermia).
Embora considerada tradicionalmente como uma alteração benigna, estudos recentes têm pontuado que a repolarização precoce nem sempre é uma condição benigna e, pelo menos em alguns casos, está associado com morte súbita por fibrilação ventricular primária. A presença de repolarização precoce nas derivações inferolaterais estariam associados a maior risco. Um estudo mostrou que a elevação do ponto J é mais frequente em indivíduos com FV idiopática quando comparado com controles (N Engl J Med. 2008 May 8;358(19):2016-23; J Am Coll Cardiol. 2008 Oct 7;52(15):1231-8).
O estudo de maior impacto sobre o risco de morte súbita associado a repolarização precoce é o de Haissaguerre et al, publicado em 2008: Haïssaguerre M et al. Sudden cardiac arrest associated with early repolarization. N Engl J Med. 2008 May 8;358(19):2016-23).
O editorial seguinte:
"ECG Phenomena of the Early Ventricular Repolarization in the 21 Century" (Indian Pacing and Electrophisiology 2008) está disponível no link abaixo:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2490813/pdf/ipej080149-00.pdf

RESPOSTA DO ECG ANTERIOR

O ECG anterior (QUAL O DIAGNÓSTICO 8) mostra ritmo sinusal, com período de taquicardia atrial multifocal: observar a ocorrência de três ou mais morfologias diferentes de onda P dentro de uma mesma derivação, com frequencia maior que 100.
Há distúrbio de condução intraventricular inespecífico, baixa voltagem no plano frontal e ondas S amplas de V1 a V3. Observa-se ainda alteração da repolarização ventricular e possível sobrecarga atrial esquerda (fase negativa em V1 com critério de Morris limítrofe).
A presença de baixa voltagem no plano frontal associado a voltagem aumentada no plano horizontal (alteração chamada "discordância de voltagem") é característico de insuficiência cardíaca, embora possa ser observado em outras condições.
Paciente jovem com Cardiomiopatia Dilatada idiopática, evoluindo com insuficiência cardíaca CF II/III. O ecocardiograma mostrou aumento das câmaras esquerdas, disfunção sistólica grave com FE de 21% e disfunção diastólica grau 3. Apresenta sorologia negativa para Chagas e o cateterismo com coronárias normais.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

QUAL É O DIAGNÓSTICO 8?


ECG de paciente de 26 anos com história de dispnéia. Quais as alterações encontradas neste traçado? Discutiremos as possibilidades diagnósticas. Dê a sua opinião.